Questionar o inquestionável. Quando tudo se perde, quando a base se desfaz, por que não questionar também a corda que está lhe prendendo, aquele último fio que parece estar lhe salvando. Pode ser que ele esteja lhe prevenindo de cair do topo de um arranha-céu, mas ao mesmo tempo, pode ser que o chão esteja logo ali, e a corda esteja lhe prevenindo somente de colocar os pés no chão e sair andando como deveria. Como saber? Olhando para baixo e tentando tatear as superfícies, é um bom começo. Para não ser enforcado de joelhos, colocar os pés no chão e gentilmente retirar a corda que lhe passa pela cintura (ou pelo pescoço) e caminhar sobre pernas vacilantes, mas que ficarão fortes, pois foram feitas para andar.
Tudo isso é uma metáfora, ou não. Acho interessante colocar a vida e diversas de suas facetas a forma curiosa de metáforas. Gosto também de usar referências, mas muitas vezes elas não fazem sentido fora da minha cabeça e acabo precisando explicar todo o contexto de onde tudo saiu e acaba que o assunto inicial perde-se em meio à explicações. Quem sabe conseguirei um dia deixar que os outros pensem no sentido das frases sem preocupar-me em explicá-las.