Por vezes é preciso parar para reavaliar. O que quer que seja, todo e qualquer elemento de nossas vidas carece de crítica construtiva de tempos em tempos. Mas de dentro do furacão é quase impossível saber seu tamanho exato. Para tanto, faz-se necessário criar distância do objeto de crítica para melhor poder enxergar-lo em toda a sua amplitude e como este interage com o restante do meio.
“Mas eu não consigo parar”. Essa foi a desculpa que sempre dei à mim mesmo neste assunto. E assim, não parava. Até que a vida chegou em um ponto de inflexão tão grande que não era mais possível protelar. A escolha seria parar e rever tudo ou continuar e dar sequência no desmantelamento da saúde física, mental e emocional. Foi uma não escolha.
Então parei e comecei a olhar para a minha vida e meus caminhos, tanto aquele que já havia trilhado como aqueles que ainda estava por percorrer. E algumas opções eram tão incongruentes para com as demais que haviam tornado a existência insustentável. Por isso mesmo eu me encontrava em processo de degradação. Mas só quando parei e critiquei minhas escolhas foi que pude enxergar quanto estava vivendo em contradição comigo. E isso foi um alívio.
Como sempre ocorre, nem tudo são flores. Neste processo descobri em mim muito que não conhecia e tomei decisões que até hoje ainda questiono. Talvez por terem sido erradas ou talvez por que o prazo para que tenham seu verdadeiro efeito ainda não tenha-se cumprido.